Vírus
sexualmente transmissível vem infectando muitas pessoas e informação é
fundamental
Quando o assunto são as doenças sexualmente
transmissíveis, todos os focos se voltam para a AIDS. No entanto, existem
inúmeras outras doenças menos conhecidas, que podem evoluir para casos graves
de saúde. O HPV é uma delas.
Para falar do tema, o Proporção de Vida teve acesso a
entrevista de Eduardo Campos de Oliveira, infectologista, que tratou do tema na
rádio Record.
Segundo Eduardo, as infecções virais são comuns no mundo
inteiro e o HPV, juntamente com a herpes, teve sua incidência aumentada,
conquistando um recorde. Ele o classifica como uma epidemia silenciosa. “O HPV
não tem contágio pelo sangue. Ele é transmitido pelo contato pele a pele ou mucosa.
Ou seja, contato de órgãos genitais, independente do tipo de relação, seja
hetero, ou homossexual”, explica
Estima-se que metade da população já tenha entrado em
contato com o vírus. As pessoas, em alguns casos, pode até eliminá-lo sem nem
darem conta de que foram contaminadas. Isso varia muito de acordo com a
imunidade de cada indivíduo.
Dentre os sintomas, as verrugas em órgãos genitais é o
que mais aparece. “Existem inúmeros tipos de HPV circulando no planeta. Cerca
de 30% dos subtipos são ligados a área ano genital. Essa é a maneira mais
clássica de manifestação. No entanto, a pessoa pode ser portadora do vírus e
não apresentar sintomas. Nesses casos, a descoberta da doença vai acontecer
somente mediante exames. O preventivo, no caso das mulheres, é fundamental e
deve ser feito periodicamente”, indica Eduardo.
E o que preocupa é a evolução do HPV. Ele pode se tornar
um câncer genital, em ambos os sexos. Em virtude disso, os homens também
precisam ter cuidados de higiene e também frequentar o médico de confiança. O
diagnóstico precoce é fundamental e devido aos homens não se preocuparem tanto,
muitos casos de câncer estão sendo registrados.
Quanto a cura do HPV, não se tem uma fórmula concreta.
“Na maioria das vezes o organismo expele o vírus. A melhor cura é sempre a
prevenção, com o uso de preservativos, e de uma forma mais moderna, a
utilização de vacinas”, conta o infectologista.
Na dúvida, use camisinha. Está mais do que na hora do
brasileiro desmistificar a teoria de que ela evita apenas a gravidez
indesejada. O maior benefício da camisinha é realmente a prevenção das DSTs.
Faça sexo seguro sempre, e no aparecimento de sintomas, procure sempre o médico
de sua confiança.
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