quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tudo sobre o HPV



Vírus sexualmente transmissível vem infectando muitas pessoas e informação é fundamental


Quando o assunto são as doenças sexualmente transmissíveis, todos os focos se voltam para a AIDS. No entanto, existem inúmeras outras doenças menos conhecidas, que podem evoluir para casos graves de saúde. O HPV é uma delas.

Para falar do tema, o Proporção de Vida teve acesso a entrevista de Eduardo Campos de Oliveira, infectologista, que tratou do tema na rádio Record.

Segundo Eduardo, as infecções virais são comuns no mundo inteiro e o HPV, juntamente com a herpes, teve sua incidência aumentada, conquistando um recorde. Ele o classifica como uma epidemia silenciosa. “O HPV não tem contágio pelo sangue. Ele é transmitido pelo contato pele a pele ou mucosa. Ou seja, contato de órgãos genitais, independente do tipo de relação, seja hetero, ou homossexual”, explica

Estima-se que metade da população já tenha entrado em contato com o vírus. As pessoas, em alguns casos, pode até eliminá-lo sem nem darem conta de que foram contaminadas. Isso varia muito de acordo com a imunidade de cada indivíduo.

Dentre os sintomas, as verrugas em órgãos genitais é o que mais aparece. “Existem inúmeros tipos de HPV circulando no planeta. Cerca de 30% dos subtipos são ligados a área ano genital. Essa é a maneira mais clássica de manifestação. No entanto, a pessoa pode ser portadora do vírus e não apresentar sintomas. Nesses casos, a descoberta da doença vai acontecer somente mediante exames. O preventivo, no caso das mulheres, é fundamental e deve ser feito periodicamente”, indica Eduardo.

E o que preocupa é a evolução do HPV. Ele pode se tornar um câncer genital, em ambos os sexos. Em virtude disso, os homens também precisam ter cuidados de higiene e também frequentar o médico de confiança. O diagnóstico precoce é fundamental e devido aos homens não se preocuparem tanto, muitos casos de câncer estão sendo registrados.

Quanto a cura do HPV, não se tem uma fórmula concreta. “Na maioria das vezes o organismo expele o vírus. A melhor cura é sempre a prevenção, com o uso de preservativos, e de uma forma mais moderna, a utilização de vacinas”, conta o infectologista.

Na dúvida, use camisinha. Está mais do que na hora do brasileiro desmistificar a teoria de que ela evita apenas a gravidez indesejada. O maior benefício da camisinha é realmente a prevenção das DSTs. Faça sexo seguro sempre, e no aparecimento de sintomas, procure sempre o médico de sua confiança.




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