O principal passo para o
tratamento de um autista é o diagnóstico precoce do problema. Quantos antes se
descobrir, antes o tratamento começa. O autismo é determinado através de um
amplo protocolo de avaliações de preferência multidisciplinares (neurologista,
pediatra, psicóloga, fonoaudióloga dentre outros). É necessário também uma
avaliação auditiva, análise bioquímica para erros inatos do metabolismo, exames
de cariótipo, eletroencefalograma, ressonância magnética de crânio, além de
outros.
Essa bateria de processos é
desgastante, mas fundamental. Além de detectar o autismo, é preciso estabelecer
em que grau ele se encontra, para que o tratamento seja o melhor possível.
•CID-10: Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados. Diretrizes diagnósticas para
autismo infantil de acordo com o CID-10
Principais sintomas do autismo
Os sintomas do autismo são
muitos. O que vale destacar é que uma pessoa não precisa ter todos eles para
ter quadro positivo de autismo. Basta identificar alguns fazer o teste
detalhado. Vamos a lista
Dificuldade de relacionamento
com outras pessoas
Riso inapropriado
Pouco ou nenhum contato visual
- não olha nos olhos
Aparente insensibilidade à dor
- não responde adequadamente a uma situação de dor
Preferência pela solidão;
modos arredios - busca o isolamento e não procura outras crianças
Rotação de objetos - brinca de
forma inadequada ou bizarra com os mais variados objetos
Inapropriada fixação em objetos
Perceptível hiperatividade ou
extrema inatividade - muitos têm problemas de sono ou excesso de passividade
Ausência de resposta aos
métodos normais de ensino - muitos precisam de material adaptado
Insistência em repetição,
resistência à mudança de rotina
Não tem real medo do perigo
(consciência de situações que envolvam perigo)
Procedimento com poses
bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só;
impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada
maneira os alisares)
Ecolalia (repete palavras ou
frases em lugar da linguagem normal)
Recusa colo ou afagos - bebês
preferem ficar no chão que no colo
Age como se estivesse surdo -
não responde pelo nome
Dificuldade em expressar
necessidades - sem ou limitada linguagem oral e/ou corporal (gestos)
Acessos de raiva - demonstra
extrema aflição sem razão aparente
Irregular habilidade motora -
pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos
Desorganização sensorial -
hipo ou hipersensibilidade, por exemplo, auditiva
Não faz referência social -
entra num lugar desconhecido sem antes olhar para o adulto (pai/mãe) para fazer
referência antes e saber se é seguro
Fonte: ASA (Autism Society of American)
Com todos esses sintomas, a
dica é a observação. Os pais precisam analisar os filhos e, na constatação de
alguns desses transtornos, procurar os exames detalhados. O diagnóstico precisa
ser preciso e os pais vão ter que se adaptar as exigências dos filhos, com
muito carinho, paciência e afeto.
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